O Laboratório Central de Pernambuco (LACEN PE) confirmou mais três casos da febre Oropouche em Pernambuco, nesta quinta-feira (27/06). O vírus Oropouche isolado foi identificado em um homem e duas mulheres nos municípios de Camaragibe, Timbaúba e Jaqueira. Com os exames positivos, até o momento, o Estado registrou nove casos da febre.
As confirmações são realizadas através do exame de PCR em tempo real. Após resultado negativo de amostras testadas para Dengue, Zika e Chikungunya, é realizada a análise para Oropouche. Todo o procedimento segue as orientações do Ministério da Saúde.
De acordo com a diretora do Lacen, Keilla Paz, é muito importante realizar os testes. "O resultado traz um alerta sobre a importância da vigilância laboratorial que deve funcionar de forma rotineira para identificação de arbovírus circulantes na região, que muitas vezes são subnotificados nos sistemas de vigilância em saúde pública", ressalta a diretora.
A febre Oropouche pode ser provocada por dois vetores bem conhecidos da população local: o maruim e a muriçoca. “Diferente da Dengue, Zika e Chikungunya, cujo vetor é o Aedes aegypti e o ciclo se dá prioritariamente em água limpa, o maruim e a muriçoca possuem preferência por água com muito material orgânico, seja de mangues, córregos, alagados e até de despejo sanitário. O enfrentamento químico com larvicidas e outros produtos não é efetivo neste caso”, explica o diretor geral de Vigilância Ambiental, Eduardo Bezerra.
Prevenção - A atividade desses insetos se dá com maior intensidade na penumbra, isto é, no amanhecer e no anoitecer. Desta maneira, a adoção de proteção como telas e mosquiteiros, uso de roupas que protejam pernas e braços, além do uso orientado de repelentes, são necessários para evitar a investida dos vetores.