Para marcar o Dia Mundial de Combate à Enfermidade de Chagas, o Ambulatório e a Associação dos Portadores de Doença de Chagas e Insuficiência Cardíaca/IC de Pernambuco com Apoio do Programa de Enfrentamento às Enfermidades Negligenciadas (Sanar), da Secretaria Estadual de Saúde (SES), realizam nesta terça-feira (14/04), o III Encontro da Praça (Espaço Carlos Chagas), em frente ao hospital Procape, da Universidade de Pernambuco (UPE). O evento tem início às 10h e é voltado à população em geral, como forma de divulgar informações a respeito da doença de Chagas.

 

Alunos dos projetos de extensão da UPE “Chagas: Um grande Coração 2015” e “Abraçando corações”, funcionários do Ambulatório e voluntários da Associação estarão presentes no local, distribuindo panfletos e tirando dúvidas. Paralelamente, na Casa de Chagas, que abriga o Ambulatório e a Associação, será oferecido um café da manhã, momento de confraternização, entre os pacientes em atendimento.

 

O dia 14 de abril foi escolhido como o Dia Mundial de Combate à Enfermidade de Chagas, pelos membros de FINDECHAGAS, justamente porque foi o dia em que o pesquisador brasileiro, Dr. Carlos Chagas, há 106 anos, comunicou sua descoberta à comunidade científica da época. O dia será marcado como um alertar sobre a grave problemática da doença de Chagas no mundo. Estima-se que hoje há cerca de 100 milhões de pessoas estão sob risco de infecção pelo parasito, dos quais apenas 10% tem acesso ao diagnóstico, com 200 mil novos casos a cada ano e 20 mil mortes decorrentes da doença. Com esses dados alarmantes, nós afetados, de uma forma direta ou indireta pela doença de Chagas, não podemos permanecer calados.

 

Em Pernambuco - um dos estados endêmicos no Brasil - conta com um pioneiro Programa de Enfrentamento às Enfermidades Negligenciadas, Programa Sanar, da Secretaria Estadual da Saúde que com Ambulatório de Referência do PROCAPE, desenvolve ações que possibilitem o diagnóstico precoce, o tratamento integral e educação continuada. Esse programa exitoso tem sido premiado em várias esferas do país. 

 

Ainda considerada uma doença no rol das negligenciadas, a doença de Chagas constitui um grave problema de saúde pública para a América Latina, com repercussão mundial. Ao contrário do que se pensa, ainda não foi totalmente controlada. É causada pelo Trypanosoma cruzi e as formas de transmissão de maior importância epidemiológica são a vetorial através de insetos hematófagos, os triatomíneos (barbeiros), a transfusional, a congênita e a oral. A globalização com os movimentos populacionais aumenta o potencial de disseminação da enfermidade para países não endêmicos, especialmente naqueles onde não é feita a triagem sorológica em bancos de sangue e em órgãos e tecidos doados.