Na próxima segunda-feira (12.11) acontece o 1o Dia Nacional de Prevenção às Arritmias Cardíacas e Mortes Súbitas. Diversas instituições do Brasil que são referências, como o Instituto do Coração de São Paulo e o Instituto Nacional de Cardiologia de Laranjeiras, Rio de Janeiro, promovem o evento simultaneamente. O Hospital Agamenon Magalhães é conhecido no norte-nordeste por ser uma unidade especializada no coração, tanto no atendimento como no ensino.

O HAM fará sua contribuição a essa mobilização nacional - que está sendo chamada “Coração na batida certa” - com uma palestra às 14h, no auditório do 6o andar do hospital. O médico cardiologista Alberto Nicodemus falará sobre como evitar as arritmias e a morte súbita. No Brasil, atualmente, 300 mil pessoas morrem por ano vítimas de morte súbita e 80% dos casos são por conta das arritmias.

“O objetivo principal é informar a conscientizar a população da necessidade de cuidar da saúde para evitar as arritmias cardíacas, que podem levar ao óbito repentino. Outro foco desse dia nacional é a arrecadação de fundos para que possam ser adquiridos desfibriladores externos automáticos (DEA)”, explica Nicodemus.

A iniciativa partiu da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC), e segundo Nicodemus, os DEA’s serão doados às prefeituras para que sejam instalados em locais de grande circulação de pessoas, como aeroportos, estádios de futebol, portos, parques, entre outros logradouros públicos.

Durante a palestra haverá ainda uma simulação de socorro a uma vítima de ataque cardíaco. O cardiologista João Moraes Jr. usará, junto com sua equipe, bonecos sims de última geração, que falam e orientam o socorrista onde estão sentindo dores, além dos DEA’s simulados.

A palestra é aberta ao público da área de saúde e a toda a população. “Nossa intenção é tornar esse dia um ato contínuo, para chamar a atenção das pessoas para um problema de saúde pública muito grave e que precisa ser tratado com profissionalismo e seriedade”, conclui Alberto Nicodemus.

Estatísticas - Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), as doenças cardíacas são a maior causa de mortalidade no planeta. Dos 57 milhões de óbitos anuais no mundo, mais de 20 milhões são provocados pelas cardiopatias. Sem ter qualquer preferência por determinada classe social, faixa etária, raça e sexo, o mal segue a mesma tendência em Pernambuco. Estatísticas da Secretaria Estadual de Saúde (SES) mostram que, a cada ano, 14.500 pessoas tornam-se vitimas fatais das doenças do coração, sendo 42 óbitos por dia.