Oitenta por cento dos seres humanos sentem dor lombar (lombalgia) em algum momento de suas vidas. O mal faz parte de um conjunto de doenças que comprometem o sistema imunológico, como artrose, tendinite, bursite, gota, artrite reumatóide, lúpus, fibromialgia, além de articulações, ossos, tendões e músculos. A esse grupo de doenças (cerca de 130) é dado o nome de Reumatismo. Para alertar a população em relação à necessidade do seu diagnóstico precoce e tratamento adequado foi escolhido o 30 de outubro como Dia Nacional de Luta contra o Reumatismo.

         As doenças reumáticas se apresentam como inflamações e geralmente comprometem a qualidade de vida do paciente, já que muitas vezes existe uma limitação para realização de diversas atividades do dia a dia. Dor nas articulações é um dos sintomas mais frequentes e que, juntamente com exames clínicos e laboratoriais, permite ao médico fazer o diagnóstico e propor o tratamento, que deve ser iniciado o quanto antes. Porém, o comprometimento de outros órgãos, como pele, pulmão, coração ou rins, também podem ser sintomas de uma doença reumatológica.

         Para a reumatologista Andrea Dantas, do Hospital Miguel Arraes (HMA), o tratamento varia de acordo com o paciente, mas, de uma forma geral, envolve mudanças no estilo de vida. “Além do uso de medicamentos que aliviam as dores, existe o tratamento complementar, que está diretamente ligado ao estilo de vida do paciente. Para reduzir o impacto da doença é aconselhável a prática de atividades físicas e o controle do peso através de uma alimentação saudável”, orienta dra. Andrea. Alimentos industrializados em geral e os ultraprocessados (comprados prontos para consumo), assim como enlatados, embutidos e com adição de corantes, conservantes e adoçantes devem ser evitados. Uma alimentação equilibrada e adequada somada à hidratação, à exposição ao sol por 15 minutos ao dia e à uma vida ativa são hábitos simples que permitem uma melhor qualidade de vida.