Por apresentarem risco de adoecimento por tuberculose 67 vezes maior do que na população geral, moradores de rua e em vulnerabilidade social receberam na manhã desta quinta-feira (21/03) orientações sobre os sinais da doença (tosse, febre vespertina, emagrecimento, falta de apetite e sudorese noturna). A ação contemplou o lançamento da campanha desenvolvida pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) para prevenção e controle da doença em Pernambuco. O encontro aconteceu no Centro de População de Rua, no bairro da Boa Vista.
"Pretendemos diagnosticar casos de tuberculose nessa população que é mais vulnerável. As atividades serão realizadas em cinco municípios da Região Metropolitana do Recife (RMR) – Cabo de Santo Agostinho, Recife, Camaragibe, Paulista e Olinda", explicou a diretora-geral de Controle de Doenças e Agravos da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Roselene Hans. Com o slogan Tuberculose pode matar, está na hora de se tratar, a mobilização é lembrada nacionalmente neste domingo (24/03).
“Este ano, o Estado estenderá durante todo mês de março a campanha, tendo como enfoque populações que vivem em situação de vulnerabilidade. A intenção é fazer a busca de casos suspeitos, obter um diagnóstico precoce e encaminhar para o tratamento, que é realizado pelos municípios”, explica a coordenadora do Programa de Prevenção e Controle da Tuberculose da SES, Nadianara Araujo.
Por ano, são diagnosticados 4,3 mil novos casos de tuberculose em Pernambuco. Em 2011, foram registrados 4.353 casos novos e em 2012, 4.393. O Estado ocupa o quarto lugar em incidência de casos novos e o segundo lugar em mortalidade no País.
Outros parceiros envolvidos nas ações são o Sanar - Programa de Combate às Doenças Negligenciadas da SES, o Instituto de Assistência Social e Cidadania do Recife (IASC), Consultórios de Rua, Programas Atitude e Vida Nova da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (SDSDH/PE) e unidades de CAPSAD, além de unidades de média e alta complexidade que realizam acolhimento, bem como equipamentos de atenção primária à saúde e representações da sociedade civil, a exemplo da Pastoral de Rua.