Teve início, no último sábado (18/08), a Campanha Nacional de Multivacinação. O objetivo da ação, que segue até o dia 24, é atualizar a caderneta básica de vacinação de crianças menores de 5 anos (0 a 4 anos 11 meses e 29 dias) contra as seguintes doenças: difteria, tétano, coqueluche, meningite, hepatite B, rotavírus, poliomielite, formas graves da tuberculose, sarampo, rubéola e caxumba. Ao todo, serão disponibilizados 11 tipos diferentes de vacina para esse público. Em Pernambuco, o Dia D da campanha foi realizado na Policlínica Albert Sabin e contou com a presença do secretário Antonio Carlos Figueira.

“É importante salientar que esta campanha é voltada apenas para as crianças que estão com vacinas atrasadas. É essencial comparecer aos postos de saúde com a caderneta de vacinação, para o profissional avaliar quais as doses que devem ser aplicadas durante a mobilização”, frisa a coordenadora do Programa Estadual de Imunização (PNI-PE), Ana Catarina de Melo. A gestora ainda ressalta que essa ação busca diminuir o risco de transmissão das doenças imunopreveníveis, além de reduzir a taxa de abandono do esquema vacinal e otimizar a logística dos serviços de saúde.

Estarão disponíveis para esta campanha, em mais de 2,3 mil unidades básicas de saúde, todas as vacinas do calendário básico da criança. São elas: BCG, hepatite B, pentavalente, Vacina Inativada Poliomielite (VIP), Vacina Oral Poliomielite (VOP), rotavírus, pneumocócica 10 valente, meningocócica C conjugada, febre amarela, tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) e DTP (difteria, tétano e coqueluche). Em todo o Brasil, a expectativa é vacinar mais de 14 milhões de crianças. Para isso, o Ministério da Saúde (MS) está investindo R$ 18,6 milhões.

MUDANÇAS – A partir deste mês, as crianças que estão começando o esquema vacinal, ou seja, nunca foram imunizadas contra a paralisia infantil, irão tomar a primeira dose aos dois meses e a segunda aos quatro meses, com a vacina poliomielite inativada, de forma injetável. Já a terceira dose (aos seis meses), a quarta dose (aos 15 meses) e os reforços continuam com a vacina oral, ou seja, as duas gotinhas. “As crianças que já se vacinaram contra a poliomielite na campanha nacional do mês de junho não precisam tomar nenhum tipo de reforço para esta doença neste momento”, ressalta Ana Catarina de Melo.

Outra novidade é a introdução da vacina pentavalente no calendário básico de vacinação das crianças. Ela é injetável e reúne, em uma única aplicação, a proteção de duas vacinas distintas, a tetravalente - que deixa de ser ofertada e protege contra difteria, tétano, coqueluche e Haemophilus influenzae tipo b (meningite e outras doenças bacterianas) - e a vacina contra a hepatite B. Essa vacina será administrada aos dois, aos quatro e aos seis meses de vida da criança.