Referência estadual para o tratamento de doenças infecto-contagiosas, especificamente Aids e meningite, o Hospital Correia Picanço começou a ser construído na década de 1930. Na época, a unidade dedicava-se ao tratamento de psicóticos e foi batizada de Pavilhão Gildo Neto, em homenagem ao primeiro residente de psiquiatria de Pernambuco.
Desde então, o espaço passou por várias modificações, chegando a funcionar como um clube de campo para os funcionários da Secretaria Estadual de Saúde (SES). Foi em 1974 que a unidade começou a tomar sua forma atual. Para combater a epidemia de meningite que se alastrava pelo País, o local foi reestruturado e começou a receber os pacientes do Estado com suspeita da doença.
Nessa época, ele passou a ser chamado de Hospital Correia Picanço, em homenagem ao cirurgião e barbeiro que saiu de Goiana para fundar a Escola de Medicina da Bahia. Com o fim da epidemia, a unidade manteve sua vocação, mas incluiu o atendimento a pacientes de leptospirose, sarampo e hepatite.
Em 1986, com o aparecimento dos primeiros casos de AIDS, o Hospital Correia Picanço começou a dar assistência a esses pacientes na área destinada aos casos suspeitos de meningite. Para assumir o papel de referência, o hospital passou por uma reforma em 1988, mas os internamentos só tiveram início em 1992.
Hoje, a instituição atende 60% das demandas dos pacientes com a doença de todo o Estado e é o único serviço especializado no tratamento das vítimas de meningite (adulto ou pediatria). A unidade também é referência para acidente de trabalho em profissionais da área de saúde com exposição a material biológico e exposição sexual acidental. O ambulatório, que atende mais de 2 mil pessoas por mês, contempla várias especialidades voltadas para pessoas vivendo com o HIV (PVHIV).