O que é: 

 

O sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, grave, transmissível pelo vírus morbilivírus e extremamente contagiosa. É transmitido diretamente de pessoa a pessoa, através das secreções nasofaríngeas, expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar. Essa forma de transmissão é responsável pela elevada contagiosidade da doença. Tem sido descrito, também, o contágio por dispersão de gotículas com partículas virais no ar, em ambientes fechados como, por exemplo: escolas, creches e clínicas.

 

O período de incubação é, geralmente, de 10 dias (variando de 7 a 18 dias), desde a data da exposição até o aparecimento da febre, e cerca de 14 dias até o início do exantema. A transmissibilidade é de 4 a 6 dias antes do aparecimento do exantema, até 4 dias após. O período de maior transmissibilidade ocorre 2 dias antes e 2 dias após o início do exantema.

 

A suscetibilidade ao vírus do sarampo é geral. Os lactentes cujas mães já tiveram sarampo ou foram vacinadas possuem, temporariamente, anticorpos transmitidos por via placentária, conferindo imunidade, geralmente, ao longo do primeiro ano de vida, o que interfere na resposta à vacinação. No Brasil, cerca de 85% das crianças perdem esses anticorpos maternos por volta dos 9 meses de idade.

 

No Brasil, desde 2000, não há transmissão autóctone de sarampo. Em Pernambuco, no ano de 2012 foi registrado um caso importado de sarampo no estado e como resultado da intensificação das ações da vigilância e elevadas coberturas vacinais não houve disseminação da doença. Em 2013, surgiram novos casos da doença no Estado, com foco na Região Metropolitana, que estão em processo de investigação pelas Secretarias Estadual e Municipais de Saúde dos locais envolvidos.

 

Vale ressaltar que o sarampo vem ocorrendo de forma endêmica e mesmo epidêmica em alguns países do mundo. Por esse motivo é fundamental a manutenção de elevadas coberturas vacinais nos diversos municípios do estado, além da intensificação da vigilância diante de casos suspeitos da doença, especialmente em viajantes procedentes desses países.

 

Caso suspeito de sarampo é todo paciente que, independente da idade e da situação vacinal, apresentar febre e exantema maculopapular, acompanhados de um ou mais dos seguintes sinais e sintomas: tosse e/ou coriza e/ou conjuntivite; ou todo indivíduo suspeito com história de viagem ao exterior nos últimos 30 dias ou de contato, no mesmo período, com alguém que viajou ao exterior.

 

Sinais e Sintomas

 

Caracteriza-se por febre alta, acima de 38,5°C, exantema máculo-papular generalizado, tosse, coriza, conjuntivite e manchas de Koplik (pequenos pontos brancos que aparecem na mucosa bucal, antecedendo ao exantema).  A ocorrência de febre, por mais de 3 dias, após o aparecimento do exantema, é um sinal de alerta, indicando o aparecimento de complicações. As mais comuns são: infecções respiratórias, otites, doenças diarreicas, e neurológicas.

 

Medidas de Prevenção e Controle

 

A vacina é a única forma de prevenir a ocorrência do sarampo na população. A vacinação de rotina é a atividade realizada de forma contínua na rede de serviços de saúde, em todo o território nacional. O objetivo é vacinar todas as crianças aos 12 meses e aplicar vacina de reforço em crianças de 4 anos, a fim de manter alta a imunidade de grupo. Para todos os adolescentes menores de 20 anos, estão asseguradas duas doses da vacina tríplice viral. Para homens e mulheres até 39 anos, está assegurada 1 dose da vacina tríplice ou dupla (sarampo e rubéola) viral, conforme consta no Calendário Nacional de Vacinação.

 

Por ocasião das campanhas de multivacinação, que ocorrem duas vezes ao ano, são vacinadas as crianças de 12 meses até menores de 12 anos de idade que não foram atingidos pelas atividades de rotina e campanhas de seguimento. Também se realiza trabalho de educação em saúde, onde a doença e importância da vacinação são abordadas nas escolas e vacinação de contatos em caso se surtos.