A Doença por Vírus Ebola é uma doença grave, com uma taxa de letalidade de 90%, em seres humanos e primatas não humanos (tais como macacos, gorilas e chimpanzés). É causada por infecção com um vírus da família Filoviridae, Ebolavirus. A primeira espécie Ebolavirus foi descoberto em 1976 no que hoje é a República Democrática do Congo, perto do rio Ebola. Desde então, os surtos têm aparecido esporadicamente. Não existe tratamento específico, nem vacina com licença disponível para controle da doença em humanos e animais. Quando a infecção ocorre, os sintomas geralmente começam de forma abrupta. Os sintomas mais comuns são: início súbito de febre, fraqueza intensa, dores musculares, dor de cabeça e dor de garganta, seguida de vômitos, diarreia, erupções cutâneas, função hepática renal e deficientes e, em um estágio avançado, hemorragia. Os achados laboratoriais incluem leucopenia, trombocitopenia e elevação das enzimas hepáticas. Desta forma, é necessário ampliar o conhecimento sobre a doença em profissionais de saúde, e reforçar a implementação de medidas de prevenção e controle de infecção em todos os níveis de atenção nos serviços de saúde. Saiba mais: http://goo.gl/UXpnMh
VIGILÂNCIA DOS CASOS
O ebola é uma doença de notificação compulsória imediata e deve ser realizada pelo profissional de saúde ou pelo serviço que prestar o primeiro atendimento ao paciente, pelo meio mais rápido disponível, de acordo com a Portaria Nº 1.271, de 6 de junho de 2014. Sendo assim, todo caso suspeito deve ser notificado imediatamente às autoridades de saúde das Secretarias municipais, Estaduais e à Secretaria de Vigilância em Saúde por um dos seguintes meios: telefone 0800.281.3041 (seg-sex: 8 às 17h) ou 9488.4267 (plantão 24h) preferencialmente; e-mail notifica@saude.pe.gov.br ou formulário eletrônico no site da SES, por meio do link: http://goo.gl/YGKPSM
A transmissão só se inicia após o aparecimento dos sintomas e se dá por meio do contato direto com sangue, tecidos ou fluidos corporais de indivíduos e/ou animais infectados ou do contato com superfícies e objetos contaminados.
Período de incubação
De 1 a 21 dias.
Não existe risco de transmissão durante o período de incubação.
Distribuição Geográfica
Atualmente, a propagação da DVE ocorre na África Ocidental, com a maioria dos casos em Guiné, Libéria e Serra Leoa, havendo caso confirmado também na Nigéria (Figura 1). Com o movimento elevado de pessoas entre as fronteiras, a possibilidade da introdução de DVE em países vizinhos a sub-região não pode ser excluída.
A unidade hospitalar de referência para casos suspeitos no Estado é o Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC). Não existe tratamento específico para a doença, sendo limitado às medidas de suporte com condições de terapia intensiva.